quinta-feira, 16 de julho de 2009



O corpo é responsável por 55% da mensagem, o tom de voz por 38% e as palavras por apenas 7% - reportagem da revista Men's Health - Sim, você pode ler ...

Nesse mesmo seguimento temos o seriado LIE TO ME (se você ainda não assistiu, não fique de fora: é um seriado muito bom) que trata desse assunto de forma interessante durante a investigação criminal.



Se o nosso corpo é responsável por 55% da mensagem, por que então as pessoas não valorizam esse ponto durante uma conversa ? Nos dias atuais passamos a valorizar a comunicação virtual ,o que segundo o texto da revista indica que apenas 7% da mensagem é transmitida dessa forma. Talvez por isso mesmo, tenhamos tantas dúvidas no que lemos no msn,ichat, google talk ou qualquer outro tipo de programa de mensagem instantânea. Passando a nos comunicar dessa forma, estamos dando liberdade para o lobo frontal do cérebro fazer diversas suposições sobre o que foi lido. Afinal você pode estar brincando ao escrever determinada mensagem, mas a pessoa a qual irá ler, não terá a sua expressão facial para saber isso e, se levar a sério uma brincadeira, as consequências podem ser desastrosas. Tenho colegas que se iludiram em conversas via computador pensando que a outra pessoa estava apaixonada e na verdade não havia sentimento nenhum, apenas interpretações equivocadas. Por outras vezes, pensa-se que alguém está com raiva, quando na verdade também não existe tal sentimento. Tudo culpa da falta da expressão facial, o que possibilita o lobo frontal entrar em ação novamente. Não sou contra esse tipo de mecanismo de comunicação, afinal essas tecnologias são muito úteis também, principalmente para unir pessoas que estão longes, mas devemos saber limitar o seu uso a um patamar que não atropele a relação humana.
É impressionante como as pessoas estão fugindo do olho no olho durante suas conversas. Casais discutem sem olharem nos olhos. Profissionais atendem pacientes sem nem mesmo olhar em suas caras. Para mim esse tipo de atitude vem demonstrar a frieza com que as pessoas estão se acostumando. Gritando em favor da individualidade, na verdade estão é regredindo como pessoas, como seres humanos.
Por mais fantástica que a tecnologia possa ser, ela nunca vai reproduzir os sentimentos que podemos perceber ao vivo, pessoalmente, durante uma conversa.
Antes não reparava tanto nas expressões faciais nem procurava enxergar um significado para cada uma delas. Agora procuro observar as feições das pessoas. Me surpreendo cada vez que consigo ler uma informação antes da pessoa a deixar clara pela fala. Isso tem feito com que eu fique observando mais ao invés de tomar qualquer outra atitude. Talvez essa dificuldade de reparar tenha a ver com o fato de estarmos deixando as coisas simples de lado. A pressa está nos consumindo cada vez mais. Estou num momento de parar um pouco. De deixar as coisas simples acontecerem e poder reparar cada detalhe desta simplicidade. Repensar é necessário, assim como saber parar. Esse sou EU hoje: parado reparando na sua expressão facial.

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